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Mulher da pesada

Além de chefiar facção, 'Angelina Jolie' de Pacajus é suspeita de torturar e matar mulher


Angelina Custódio da Silva, de 27 anos, conhecida como 'Angelina Jolie'

Inquérito policial aponta que a organização criminosa ainda torturou a irmã da vítima, uma adolescente grávida, mas a soltou

Angelina Custódio da Silva, de 27 anos, conhecida como 'Angelina Jolie', apontada como líder de uma facção criminosa e presa pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) na última sexta-feira (1º), é suspeita de participar de uma sessão de tortura e do homicídio de uma mulher, em Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), em julho deste ano.


De acordo com o Inquérito Policial da Delegacia Municipal de Cascavel, Edna Soares Cordeiro foi sentenciada à morte por um "tribunal do crime" de uma facção carioca após publicar fotografias nas redes sociais em que supostamente fazia alusão à uma organização criminosa rival, de origem cearense. A irmã da vítima, uma adolescente grávida, também foi torturada, mas acabou sendo solta.

'Angelina Jolie' foi indiciada por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, tortura e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima), lesão corporal e associação criminosa, junto de mais 7 suspeitos: Ana Lorrana Melo Pantaleão; Camila de Sousa Aguiar; Francisco Anderson Gomes Braz, o 'Lobinho'; Francisco Diego Alves da Silva; Francisco Nailson Soares da Silva, o 'Pepeu'; João Luiz Martins dos Santos, o 'Viado'; e Victória da Silva Costa.

Os autos do Inquérito narram que Edna Cordeiro foi chamada por supostos amigos para ir a uma residência em Pacajus e levou a irmã mais nova. No local, Edna começou a ser questionada por outras mulheres sobre as fotos em que fazia um sinal de "três" com os dedos. Um homem se aproximou com uma faca e obrigou a vítima a entregar o aparelho celular. Depois, outro suspeito surgiu com um revólver e ordenou que Edna falasse sobre a facção rival.

O proprietário do imóvel pediu para o grupo resolver os "BOs" (gíria para "problemas") fora de casa. Os criminosos, então, levaram Edna e a irmã, a pé, até um matagal, onde tinha um açude, na localidade de Pajeú. No local, 4 mulheres e 6 homens começaram a torturar as duas jovens, com golpes de cabo de pá nas costas. Também fizeram fotografias das mesmas e enviaram para comparsas decidirem o destino delas, em uma espécie de "tribunal do crime".

Edna teve a cabeça afogada no açude algumas vezes, sofreu golpes de faca na barriga e terminou sendo degolada. O corpo foi deixado na água e encontrado no dia 9 de julho deste ano. Enquanto a irmã, que estava grávida, sofreu um sangramento vaginal, devido a violência sofrida, e foi levada pelos criminosos a uma unidade de saúde. Depois de ser atendida, a adolescente foi liberada pela facção carioca.

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