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Homem diz que matou jovem atropelada, após assédio, 'sem querer', segundo delegado

Por Daniel Alves em 13/10/2021 às 06:06:43

Homem de 35 anos preso por matar Vanessa Machowski, de 18, após assediá-la

Suspeito de 35 anos estava embriagado durante depoimento, conforme Polícia Civil. Jovem de 18 anos morreu após ter sido atropelada na noite de domingo (10).

Homem de 35 anos preso por matar Vanessa Machowski, de 18, após assediá-la em Itajaí, no Litoral Norte catarinense, disse em depoimento à Polícia Civil que atropelou a jovem "sem querer". De acordo com o delegado Eduardo Ferraz, que fez o flagrante, Juciano Marinho Gomes estava embriagado quando foi ouvido no inquérito policial.


A defesa de Gomes disse que não vai se manifestar sobre o caso a pedido da família. O crime ocorreu na noite de domingo (10). Gomes foi preso em flagrante e a prisão foi convertida em preventiva na tarde de segunda (11).

Depoimentos

O flagrante e a tomada de depoimento foram feitos pelo delegado Eduardo Ferraz. "A versão que ele [suspeito] deu para a gente é que houve uma discussão com o namorado e a vítima. Não soube dizer por que, estava embriagado na hora. Disse que foi agredido pelo namorado [da vítima] e outras pessoas que estavam ali e, indo embora, acabou atropelando a vítima sem querer", relatou o delegado.

Conforme Ferraz, durante o depoimento Juciano tinha forte odor de álcool.O namorado de Vanessa também prestou depoimento. "Disse que ele [suspeito] teria passado e mexido com a menina. Começaram a discutir, o homem entrou no carro, voltou e tentou atropelar os dois, mas acabou atingindo só ela", afirmou Ferraz.

O carro de Juciano foi apreendido e vai passar por perícia. O inquérito policial já foi entregue ao Ministério Público de Santa Catarina.

O sepultamento da vítima ocorreu na manhã desta terça-feira (12), no Cemitério da Fazenda, em Itajaí, segundo o namorado da vítima, Thiago Linhares da Veiga. Ele, porém, não quis se manifestar publicamente sobre a morte da companheira.

Prisão preventiva

Segundo a decisão da juíza Anuska Felski da Silva, da 1ª Vara Criminal de Itajaí, há indícios suficientes de autoria e prova de materialidade nos autos para a conversão da pena preventiva.

"Considerando o contexto social de violência em relação às mulheres, demonstra que medidas cautelares alternativas são insuficientes para evitar que o réu venha novamente dirigir embriagado, insultar mulheres supostamente desconhecidas na rua e agir de modo a ceifar-lhes a vida, o que, sem dúvida, gera intranquilidade no seio social, e reclama a medida extrema", escreveu a juíza.

O crime de homicídio qualificado é previsto no artigo 121, parágrafo 2° do Código Penal e prevê pena de 12 a 30 anos de prisão. Já a embriaguez ao volante, prevista no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, tem pena de 6 meses a 3 anos de prisão e suspensão da CNH.

'Tinha o sonho de abrir o próprio salão'

Segundo a tia da jovem Léia Oliveira, a garota tinha o sonho de abrir o próprio salão na área de estética. Sobre Vanessa, a familiar só tem elogios."Sempre muito querida com todos, carinhosa. Ela era extrovertida, sempre fazendo brincadeiras", relatou.


O crime

Vanessa estava com o namorado, de 21 anos, no bairro Cordeiros por volta das 21h20. Ele disse à Polícia Militar que ambos conversavam, ele dentro da cabine de um caminhão estacionado e ela do lado de fora, quando uma caminhonete Tucson parou ao lado da jovem. O motorista de 35 anos a assediou verbalmente.

O namorado, então, desceu do caminhão para ver o que estava ocorrendo. O motorista da Tucson também saiu do carro. Segundo o namorado da vítima, ele estava com fortes sinais de embriaguez.

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