"Francamente, os chineses estão aliviados de escutar a notícia, porque quanto menos funcionários americanos presentes, menos vírus", tuitou o jornal estatal chinês Global Times.
Com as restrições da China à entrada de estrangeiros devido à luta contra a covid-19, poucos líderes mundiais devem viajar a Pequim, com exceção do presidente russo Vladimir Putin, que aceitou um convite do colega chinês Xi Jinping.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) saudou o fato de a decisão "política" de Washington não impedir a participação de atletas americanos.
"A presença de funcionários do governo e diplomatas é uma decisão puramente política de cada governo, que o COI, em sua neutralidade política, respeita plenamente", disse um porta-voz da entidade olímpica à AFP.
O Departamento de Estado americano afirmou que funcionários diplomáticos estarão presentes em Pequim "para garantir a segurança de nossos atletas, técnicos e indivíduos associados à equipe olímpica dos Estados Unidos".
O que representa "uma questão diferente da representação diplomática oficial", segundo o porta-voz do Departamento, Ned Price.
Há vários meses, o governo americano buscava a melhor forma de se posicionar com relação aos Jogos de Inverno, um evento popular que será organizado de 4 a 20 de fevereiro de 2022 por um país ao qual acusa de executar um "genocídio" contra os muçulmanos uigures de Xinjiang.
Várias organizações de defesa dos direitos humanos acusam Pequim de ter internado ao menos um milhão de muçulmanos em Xinjiang em "campos de reeducação".
As autoridades chinesas denunciam sistematicamente a "interferência" dos ocidentais que condenam esta situação, afirmando que são "centros de formação profissional" para apoiar o emprego e combater o extremismo religioso.
O ex-chefe da diplomacia americana sob a administração Donald Trump, Mike Pompeo, pediu um boicote total dos Jogos.
"O Partido Comunista da China não dá a mínima para um boicote diplomático, porque no final das contas eles vão receber os atletas do mundo todo", afirmou no Twitter.