Professores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) manifestaram na manhã de ontem, quarta-feira (12), em prol da autonomia das escolas para discutir a reformulação no novo ensino médio em 2022.
De acordo com o vice-presidente do Sintese, Roberto Silva, esta situação vem sendo debatida desde o mês de novembro. "Nós estamos solicitando ao secretário de educação para tratar da pauta do novo ensino médio e também discutindo o assunto entre professores, pais e estudantes. Para nossa surpresa e indignação o secretário editou uma portaria proibindo esses debates", explica.
Os professores também reivindicam o rateio das sobras do Fundeb desde o ano passado. Ainda segundo Roberto, quando há excedentes na verba e não há mais despesas a serem pagas o correto seria dividir o valor entre os profissionais da educação, o que ainda não aconteceu até o momento do protesto.
Entenda a reforma do novo ensino médio:
Todas as escolas públicas e privadas terão que expandir o tempo dedicado ao ensino médio já a partir deste ano. O tempo de aula que era de, em média, 4 horas por dia, passará a 5 horas por dia. Com isso, no final do ano, o aluno terá cumprido mil horas letivas anuais, um aumento de 200 horas em comparação com o modelo anterior.
Outra mudança do novo modelo de ensino médio que entra em vigor neste ano é a grade curricular. As disciplinas passarão a ser áreas do conhecimento, modelo já conhecido no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros vestibulares. São elas:
No novo modelo, os conteúdos serão trabalhadas de maneira integrada nas salas de aula. Assim, assuntos de artes poderão ser trabalhados junto aos conteúdos de história, por exemplo, integrando e relacionando duas áreas distintas.
Esta parte da grade curricular vai ocupar 60% do total de horas letivas, o equivalente a 1.800 horas, divididas entre 1º, 2º e 3º anos do ensino médio. No entanto, somente conteúdos de português e matemática serão trabalhados nos três anos letivos.
O que passa a integrar o ensino médio em 2022 é o chamado "projeto de vida". Este componente transversal será oferecido nas escolas para ajudar os jovens a entender suas aspirações, num estilo de orientação.
O objetivo é ajudar o aluno a compreender o que ele quer para seu futuro, ao mesmo tempo que entende como a escola pode ajudá-lo a alcançar esse objetivo.