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BRASIL! Está aberta a temporada de greves em ano eleitoral

Por Daniel Alves em 03/04/2022 às 05:53:58

Greves de servidores públicos em ano de eleições não são novidade. É preciso saber até quando o BRASIL conseguirá arcar com folhas salariais que já começam no pico.

Alguns fenômenos que se manifestam em anos de eleições presidenciais se tornaram tão previsíveis que deveriam constar do calendário do Tribunal Superior Eleitoral. Entre eles estão as greves de servidores públicos — que sempre se tornam mais intensas nos anos em que o voto do eleitor é disputado.
O roteiro é conhecido. Certos de que a população será afetada pela interrupção dos serviços, os líderes sindicais do funcionalismo público aproveitam o momento para encostar o governo contra a contra a parede e exigir mais do que seria razoável. E o governo, para evitar que as chances eleitorais dos candidatos que apoia sejam prejudicadas pela repercussão negativa desses movimentos, acaba cedendo e concedendo vantagens que, no final das contas, pesam no bolso do contribuinte.
Qualquer generalização em torno desse tema é perigosa e pode conter injustiças. Os servidores públicos prestam serviços essenciais à população e devem, por princípio, ser bem remunerados e ter condições dignas de trabalho. O problema, porém, é que muita gente (principalmente das categorias profissionais mais destacadas) se vale das proteções que a lei oferece ao funcionário para tentar, nesses momentos, conseguir à força melhores condições de emprego para uma fatia da população que, em média, já desfruta de direitos e proteções que não se estendem às pessoas em geral.
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Na semana passada, foi a vez dos médicos peritos se juntaram aos demais servidores do INSS e cruzarem os braços pedindo aumentos de 20% em seus salários. Não foram os únicos. O pessoal do Banco Central (um dos grupos de funcionários mais bem pagos do país) também decidiu pela paralisação para pressionar o governo a conceder um reajuste de 26% em seus holerites. Os Auditores do Tesouro Nacional também cruzaram os braços e há indícios de que, nos próximos dias, os agentes de segurança que contavam com aumentos superiores aos índices de inflação também iniciarão algum tipo de mobilização.
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