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Mulher grava agressões em casa e denuncia o marido, que é oficial do Exército

Por Daniel Alves em 02/07/2022 às 06:03:16

A comerciante Patrícia Coutinho fez filmagens com celular, em casa, por temer pela própria vida. Ela denunciou o tenente Gean Franque da Silva por agressões.

A mulher de um tenente do Exército procurou a polícia para denunciar agressões que vinha sofrendo. Ela conseguiu filmar os momentos de terror que vivia dentro da própria casa.

As imagens mostram a mulher sendo agredida verbal e fisicamente. As cenas de agressão se repetiam quase todos os dias, segundo a vítima.

A comerciante Patrícia Coutinho, de 45 anos, diz que conheceu o oficial do Exército Gean Franque da Silva, de 41 anos, numa roda de samba em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Decidiram morar juntos, na casa dela, em São Gonçalo, em 2019, e se casaram no ano seguinte.

Patrícia contou que primeiro começaram as agressões verbais e psicológicas, que logo evoluíram para agressões físicas.

Quando passou a temer pela própria vida, ela decidiu registar tudo com um celular escondido.

Numa das gravações, o marido diz:

"Não adianta correr para o banheiro, não. Se não eu vou quebrar a porta do banheiro. Aí vocĂȘ vai chamar a Polícia Militar. Eu vou quebrar a porta do banheiro hoje, com tudo dentro. Aí acaba de vez o casamento", disse o marido.

E continuou falando:

"Chama a polícia, então. Liga pra polícia e me leva de uma vez. Acaba de uma vez, chama a polícia, faz o BO, vai na delegacia e dĂĄ parte. Vai lĂĄ e fala com o general, chorando e mostra as fotos todas. Eu vou dizer que não estou nem aí. Eu não estou nem mais aí para nada", afirmou Silva.

Patrícia conta que acreditava que o marido pudesse mudar.

"No inicio, eu acreditava que ele pudesse mudar, tentava dialogar, pedia para ele procurar um tratamento, fazer uma terapia. Quando eu percebi que ele não queria se tratar, não queria mudar, que ele não ia mudar, eu pensei: eu preciso fazer alguma coisa para provar o que ele faz comigo e também porque eu posso morrer. Eu botei uma câmera de celular, com muito medo, para filmar e filmei", contou .
O Comando Militar do Leste disse que os órgãos de segurança pública do Rio abriram um processo investigatório contra o tenente. E um outro processo administrativo foi instaurado pelo Exército brasileiro. O CML disse ainda que repudia atitudes e comportamentos em conflitos com a lei.
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