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Polícia pede prisão preventiva de aluna da USP que desviou quase R$ 1 milhão de formandos de medicina

Por Daniel Alves em 01/02/2023 às 06:15:39

Caderno com anotações foi apreendido no apartamento de Alícia

Investigação considerou que Alicia Muller pode fugir para outro estado ou país e atrapalhar apuração do caso; Justiça ainda vai analisar pedido para prendê-la. Estudante usou dinheiro desviado para fins pessoais, como aluguel de imóvel, veículo e eletrônicos.

A Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva (sem prazo definido para acabar) da estudante de medicina da USP Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos. A aluna da Universidade de São Paulo é investigada por desviar R$ 937 mil que a sua turma juntou para a realização da festa de formatura.

Nesta segunda-feira (30) ela foi indiciada pela polícia por ter cometido nove vezes o crimes de apropriação indébita em concurso material, ou seja, se apropriar do bem de outra pessoa sem o consentimento da vítima repetidas vezes.

O inquérito foi relatado pelo 16º Distrito Policial (DP), na Vila Clementino, para o Ministério Público (MP), que deverá se manifestar. A Justiça ainda deverá decidir sobre o pedido. Até a última atualização desta reportagem, não havia uma decisão a respeito, segundo informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

A SSP não explicou quais foram os motivos que levaram a delegacia a pedir a prisão de Alicia. A reportagem apurou que o pedido da prisão preventiva se baseou no fato de que a polícia entendeu que, se ela continuar solta, ela poderá atrapalhar a investigação e fugir para outro estado ou país, já que "se apropriou de vultosas quantias em dinheiro".

Segundo o 16º DP, a postura de Alicia quando foi ouvida pelos policiais foi de "uma pessoa que tem certeza da impunidade, a ponto de sair sorrindo do interrogatório."

Análise pelo MP e pelo TJ

A reportagem também procurou o Ministério Público e o Tribunal de Justiça para comentarem o assunto.

Por meio de nota, o MP comunicou que vai analisar as informações apresentadas pela polícia para "firmar a sua convicção a respeito dos fatos, o que poderá ensejar o oferecimento de denúncia" ou investigações complementares.

Se o Ministério Público oferecer denúncia contra Alícia, ela passará a ser acusada. A acusação segue, então, para a Justiça, que poderá tornar a estudante ré no processo.

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