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Operação Habeas Pater: Desembargador e filho envolvidos com vendas de sentenças para traficantes

Por Daniel Alves em 15/03/2023 às 06:19:08

Advogado Ribeiro e o pai, o desembargador do TRF-1 Cândido Ribeiro

Pai e filho podem pegar até 12 anos de prisão por supostos crimes de corrupção ativa e passiva. Em nota, gabinete de Cândido Ribeiro disse que juiz não tem nada a declarar.

O desembargador federal Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ÂȘ Região (TRF-1), em BrasĂ­lia, e o filho, o advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro, são investigados na "Operação Habeas Pater", deflagrada ontem, terça-feira (14) pela PolĂ­cia Federal.


O magistrado é suspeito de vender sentenças judiciais a traficantes. O g1 tentou entrar em contato com Ravik, mas não obteve retorno até a Ășltima atualização desta matéria. Em nota, o gabinete de Cândido Ribeiro disse que a operação corre em sigilo e que o desembargador não tem nada a declarar.


Cândido Ribeiro é natural de São LuĂ­s, no Maranhão, e foi nomeado juiz do TRF-1 em 1996, "após ter sido indicado, em lista trĂ­plice, por merecimento", de acordo com o site do tribunal. Entre 2014 e 2016, foi presidente do Tribunal Regional Federal da 1ÂȘ Região.

Ravik é sócio de um escritório de advocacia na capital. De acordo com o site do escritório, o advogado tem inscrições ativas no DF, Rio de Janeiro e Maranhão. Foi servidor concursado do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do INSS; trabalhou como assistente Parlamentar no Senado; e foi representante do governo no Conselho de Recursos da PrevidĂȘncia Social.

A operação policial desta terça-feira combate possĂ­veis crimes de corrupção ativa e passiva, e cumpre nove mandados de busca e apreensão, determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Pai e filho podem responder pelos crimes citados acima e, se condenados, ficar presos por até 12 anos.

Operação Flight Level 2

Ravik e Cândido são suspeitos de ligação com investigados da "Operação Flight Level 2", deflagrada pela PF também nesta terça. Os mandados são cumpridos em Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.

De acordo com as investigações, os suspeitos na primeira fase da operação seriam uma "célula" de uma organização criminosa maior voltada ao trĂĄfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes financeiros.

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