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Quadrilha é presa por vender medicamentos falsos para hospitais

Por Daniel Alves em 02/06/2023 às 07:46:29

Grupo é preso suspeito de vender medicamentos falsos para hospitais; paciente foi parar na UTI ao tomar remédio.

Grupo vendeu medicamentos para Goiás e outros 11 estados, além do Distrito Federal, segundo o delegado. O grupo movimentou R$ 6 milhões em seis meses.

Cinco pessoas foram presas suspeitas de vender medicamentos falsos em Goiás e outros 11 estados, além do Distrito Federal. A quadrilha usava a empresa de fachada Farma Med, que conta com uma filial em Abadia de Goiás, para "lavar" o dinheiro das vendas. Segundo o delegado Murillo Leal, em apenas seis meses, o grupo teria movimentado R$ 6 milhões.

A quadrilha era composta por Sidney Donizetti Pereira Júnior, apontado como o líder, o pai dele, Sidnei Donizetti Pereira, que atuava como um gerente, Jilmar Rodrigues Trindade e Rosimar Rodrigues dos Santos, no apoio logístico, enquanto Agmar Bruno da Silva era o "laranja". Murillo afirmou que eles foram presos preventivamente em março deste ano. A divulgação, porém, ocorreu apenas nesta quinta-feira (1º).

A investigação, conforme o delegado, começou em abril de 2022 após um paciente de um renomado hospital de Goiânia ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por ser medicado com uma falsa imunoglobulina. O remédio de alto custo é usado para tratamento de pacientes com deficiências imunológicas graves e que necessitam de respostas rápidas ao tratamento.

"Identificamos que a empresa que vendeu o remédio para esse hospital tem sede na Bahia, mas constatamos que ela não tem sede física e nem funcionários. Representamos pela quebra de sigilo e, então, verificamos que essa empresa vendia outros medicamentos, mas só a imunoglobulina teria vendido R$ 6 milhões para três estados na corporação, sendo hospitais, planos de saúde e distribuidoras de remedios", contou.

Murillo disse que a corporação cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da empresa em Abadia de Goiás e nas casas dos administradores, tendo sido apreendidos alguns medicamentos de uso restrito e aparelhos eletrônicos. Por meio dos objetos, foi possível identificar áudios de conversas entre os investigados, que estavam combinando a remarcação da validade de frascos de outros tipos de medicamentos, além de fotos de caixas de imunoglobulinas que mantinham em depósito de forma inadequada e que possuíam as mesmas características das que foram vendidas ao hospital de Goiânia.

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