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Tiroteio termina com uma mulher e uma criança mortas

Por Daniel Alves em 04/06/2023 às 06:36:01

Tiroteio no bairro do Pina deixou duas pessoas mortas e três feridas. Irmã de uma das vítimas diz que atiradores tentaram matar um sobrinho dela, que saiu da prisão após cumprir pena por tráfico de drogas.

Imagens de uma câmera de segurança flagraram a chegada dos criminosos que atiraram em cinco pessoas à comunidade do Bode, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife. O tiroteio, que deixou uma criança e uma mulher mortas, além de três pessoas feridas, aconteceu na noite da sexta-feira (2).

Ariele Lavínia Barros, de 1 ano e 2 meses, e Rosane Gomes Ferraz, de 47 anos, morreram baleadas. A mãe da criança, Andréa Carla Barros, de 17 anos, ficou ferida, assim como Cláudio Barbosa Sultanum Júnior, de 22 anos, e Ana Karolina Rodrigues da Silva Sultanum, de 23 anos.

Segundo o boletim de ocorrência, as vítimas estavam perto de um local que vende espetinhos, na Rua Oswaldo Machado, quando o tiroteio começou.

As imagens obtidas pela reportagem mostram quando quatro homens encapuzados, vestindo roupas pretas, passam em frente a um ponto de venda de produtos, às 23h30. Em seguida, é possível ver pessoas correndo ao ouvir os disparos.

Na tarde deste sábado (3), o corpo de Rosane Gomes Ferraz foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife. Em entrevista a reportagem, a irmã dela, que pediu para não ser identificada, disse que os criminosos estavam à procura de um sobrinho da vítima (veja vídeo acima).

Ainda segundo a mulher, o rapaz, que trabalha vendendo bebidas no local que vende espetinhos onde aconteceu o tiroteio, já foi preso por tráfico de drogas e está em liberdade há sete meses.

"Ele foi preso, depois mataram o pai dele, que era evangélico, numa oficina. E ali ele [o sobrinho] disse que queria uma chance de vida, de mudar. E a família ajudou. Estamos ajudando. Mas a perseguição é grande", afirmou a irmã de Rosane.

De acordo com essa parente da vítima, o rapaz estava no local antes do tiroteio e conseguiu fugir quando ouviu os tiros. Ela contou que estava em casa no momento dos disparos.

"Eu estava dormindo e acordei com os tiros. Foram muitos tiros. Quando desci para a rua, vi muita gritaria e fui para a casa da minha irmã. Quando cheguei lá, tinha muito sangue. [...] Parece que eles vinham prontos para matar. Quero justiça porque não pode ficar assim. Eles têm que respeitar. Somos nascidos e criados na comunidade", disse.
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