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Não vou permitir anarquia, diz presidente da CPI do 8 de Janeiro

O POVO brasileiro espera que dessa vez a CPMI não vire circo.

Por Daniel Alves em 04/06/2023 às 07:57:36

Deputado Arthur Maia (União Brasil-BA)

Segundo Arthur Maia, ele não tem "investigado de estimação"; deputado se declara independente e imparcial.

O deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) disse que sua atuação como presidente da CPMI do 8 de Janeiro serĂĄ independente, imparcial e voltada para que os trabalhos não "descambem para a anarquia". A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, composta por 16 senadores e 16 deputados, investiga os atos que resultaram na depredação dos edifĂ­cios-sede dos TrĂȘs Poderes. "Não vou sequer pautar, não vou dar nenhum crédito a pessoas que queiram utilizar a CPI de maneira polĂ­tica para fins eleitorais", disse em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo (4.jun.2023).

"Não tenho investigado de estimação. Se houver indĂ­cios contra qualquer pessoa que seja, eu colocarei o requerimento em pauta e o plenĂĄrio decidirĂĄ se vai aprovar ou não.".

Segundo o deputado, essa não é "uma investigação policial como qualquer outra". Ele falou ser algo que interessa a todo o Brasil: "É um caso muito sério, uma acusação de que aconteceu uma tentativa de golpe de Estado, com o propósito de interromper o estado democrĂĄtico de direito".

"Em uma Comissão Parlamentar de Inquérito, os depoimentos são pĂșblicos, os documentos vão ser expostos, não haverĂĄ sigilos e as pessoas poderão acompanhar e formar juĂ­zo de valor do que de fato aconteceu.".

Maia declarou que nenhum integrante da CPMI deve julgar os fatos antes de ouvir todos os depoimentos. "No meu caso, que sou responsĂĄvel por presidir os trabalhos, essa responsabilidade e esse apego a essa imparcialidade é dobrado", disse.

"Vou cumprir o nosso papel, a consequĂȘncia do cumprimento do nosso papel vai para o Ministério PĂșblico para fazer as suas ações", continuou. "A CPI investiga e apresenta resultados de uma investigação, não é a CPI e nem o Congresso Nacional que pune as pessoas. A gente tem que cumprir nosso papel, a consequĂȘncia não estĂĄ sob nosso poder.".

"Vou me valer de todos os instrumentos que estiverem disponĂ­veis, em Ășltima instância, até denĂșncias ao Conselho de Ética para evitar que haja qualquer tipo de balbĂșrdia de pessoas que queiram tumultuar os trabalhos da CPI", declarou.

Sobre pedidos de quebra de sigilo, o deputado disse que deve haver indĂ­cios que justifiquem a ação. JĂĄ foram solicitados à comissão dados de pessoas como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.

A base aliada ao governo de Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) quer ainda a quebra de sigilo telefônico e bancĂĄrio de congressistas suspeitos de incentivar os atos de 8 de Janeiro.

"Eu no lugar desses parlamentares seria o 1Âș a propor e a oferecer a quebra do meu sigilo, mas obviamente isso é uma reflexão que cada um tem que fazer", disse Maia.


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