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Polícia Federal realiza Operação Alapar com objetivo de desarticular associação criminosa

Por Daniel Alves em 31/08/2023 às 14:31:52

A Polícia Federal no Espírito Santo, em conjunto com a Receita Federal do Brasil, realizou na manhã de hoje, quinta-feira (31), a Operação Alapar, com objetivo de desarticular uma associação criminosa envolvida em esquema de criação de empresas de fachada em nome de 'laranjas'.

Segundo a PF, os criminosos utilizavam as empresas de fachada para envio irregular de dinheiro ao exterior, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, empréstimos bancários fraudulentos e fraudes em dispensas de licitações e contratos públicos. As investigações também alcançam o patrimônio proveniente dos crimes investigados.

Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Vitória em municípios dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Além disso, a PF realizou bloqueio de imóveis e de apreensões de veículos e embarcações, de valores no montante de R$25,5 milhões e até um cavalo foi apreendido.

Mesmo após outras duas operações realizadas pela PF (Masqué e Arcano), e a condenação de alguns dos envolvidos em primeira instância, a polícia constatou que o esquema continuava com novas empresas de fachada, não só para evasão de divisas, mas também para outros delitos.

A investigação apontou que algumas das empresas de fachada operadas pelo grupo criminoso seriam utilizadas para obtenção de linhas de créditos bancários, mediante pagamento de propina a gerentes das agências. Também foi verificada a utilização das empresas fantasmas em contratações públicas, com fortes indícios de direcionamento e corrupção.

A Operação desta quinta-feira busca identificar e bloquear bens e valores provenientes das infrações penais investigadas, inclusive aqueles ocultados em nome de terceiros, para descapitalizar a associação criminosa.

A operação contou com a participação de 70 Policiais Federais, oito auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal, e apoio logístico da Polícia Militar e da Marinha do Brasil.

A ação é desdobramento das Operações Masqué (2019) e Arcano (2021), em que foram identificadas várias empresas de fachada utilizadas para remessas ilegais de valores ao exterior.

A Polícia Federal informou que o 'modus operandi' do grupo consistia no uso de documentação inidônea de comércio exterior para lastrear operações de câmbio junto a instituições financeiras, enviando recursos de forma ilícita.

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