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Adolescente diz ter sido vítima de estupro coletivo; o abuso foi gravado e compartilhado nas redes pelos agressores

Por Daniel Alves em 07/11/2023 às 05:37:47

Vítima de estupro coletivo

A vítima disse que foi violentada na casa de uma amiga, em Nova Iguaçu, por conhecidos. Ela já estava dormindo, na madrugada de sexta, quando pelo menos 9 rapazes chegaram, a acordaram e a obrigaram a beber.


Uma adolescente de 15 anos afirma ter sido estuprada por diversos homens na Baixada Fluminense na última sexta feira (3). Segundo a jovem, o abuso foi gravado e compartilhado nas redes sociais dela sem seu consentimento - ela mesmo ficou sabendo que foi estuprada pelos vídeos.

A jovem passou por exame de corpo de delito, que constatou violações.

A vítima disse que foi violentada na casa de uma amiga, em Nova Iguaçu, por conhecidos. Ela já estava dormindo, na madrugada de sexta, quando pelo menos nove rapazes chegaram e a acordaram.

"Começaram a beber e a fazer desafios. Um deles era ficar com os meninos, e ela disse não. Aí ela ficou muito bêbada, com certeza colocaram algo no copo dela. Eles premeditaram tudo", afirmou uma das irmãs.

De acordo com a família dela, dois deles, um de 20 e outro de 22 anos, a estupraram. Nos vídeos, ela aparece desacordada enquanto é violentada. Nas imagens é possível observar que uma criança dorme na cama enquanto a jovem recebe tapas na cara. Outra menina, deitada na cama, assiste a tudo. "Gravou, cara? Depois tu me manda", disse um dos homens.

"O Instagram dela ficou aberto, e um menino de 17 anos a marcou [nos vídeos] com os outros meninos", emendou a irmã.

A vítima é a mais nova de três irmãs. Uma delas contou ao g1 que só soube que a caçula tinha sido estuprada quando os vídeos apareceram.

"Ligaram para o meu serviço na sexta de manhã pedindo para eu buscá-la. Encontrei com a boca espumando. Eu perguntei se eles tinham usado drogas, mas disseram que não. Foi quando eu recebi uma ligação perguntando se eu já tinha visto os vídeos na internet, eram os vídeos do que fizeram com ela. Foi assim que ela ficou sabendo e disse: "Como assim? Eu não lembro de nada disso!"", contou a irmã da vítima.

Ela também afirmou que não conseguiu registrar o caso na polícia no fim de semana.

"A gente foi direto para a delegacia [a 58ª DP, na Posse] no sábado às 20h, e mandaram a gente levar ela para o hospital. Fizemos todos os exames e medicações e voltamos para a delegacia. Mas aí ficamos até 3h [de sábado, 4], e não atenderam a gente, davam prioridade para as viaturas que chegavam da rua."

A irmã da vítima conta ainda que, durante o período de espera, ela começou a sentir efeitos colaterais do coquetel anti-Hiv que tomou no hospital. "O delegado não atendeu a gente e não finalizamos o Registro de Ocorrência", relatou.

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