Segundo o diretor de Inteligência da Polícia Civil do Piauí (PC-PI), Yan Brayner, a mulher foi quem orquestrou o crime.
"Ela teve um relacionamento efêmero durante algum tempo com a vítima. Keyla arquitetou todo esse plano que vitimou o senhor Francisco Firmino", afirmou.
Segundo a polícia, o crime aconteceu na estrada de acesso ao Açude Caldeirão, em Piripiri, na noite de 19 de dezembro de 2014. O empresário chegava em sua chácara de carro, acompanhado da esposa, quando foi rendido pelos criminosos, momento em que foi baleado na perna.
A vítima permaneceu no carro, sangrando, enquanto a esposa e o caseiro foram rendidos em cômodos da chácara e os criminosos realizaram um arrastão no local, levando joias e dinheiro. Francisco Firmino morreu no veículo, vítima de uma hemorragia.
Os criminosos fugiram em seguida. Após a investigação, três foram acusados pelo latrocínio. Além de Keyla Silva, Nelson Veras Rodrigues e Luís Gustavo Reis também responderam pelo crime. Não há informação sobre a situação atual dos outros dois réus.
Com relação a Keyla, ela era considerada foragida desde 15 de julho de 2019, quando a juíza Maria Helena Rezende Andrade Cavalcante, da 1ª Vara de Piripiri, expediu um mandado de prisão preventiva decorrente de decisão condenatória.
Conforme consta no documento, a mulher foi condenada, em primeira instância, a 22 anos e 6 meses de reclusão a serem cumpridos, inicialmente, em regime fechado. Com a prisão nesta sexta-feira, ela será recambiada para o sistema penal piauiense, onde ficará à disposição da Justiça.
A prisão de Keyla foi parte da Operação Lembrados, cujo objetivo é localizar e prender indivíduos foragidos "que estão há anos em dívida com a justiça, trazendo à tona casos que, mesmo após longo tempo, permanecem sem resolução definitiva".