Três investigados foram indiciados pela prática de um suposto golpe que gerou prejuízo de R$ 40 milhões a pelo menos 600 vítimas. A informação foi divulgada pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) ontem, quinta-feira (5).
De acordo com a Polícia Civil, o esquema envolve uma suposta empresa de investimentos em Sergipe e o responsável chegou a ministrar cursos no mercado financeiro. Ele já foi preso em agosto do ano passado, mas teve a liberdade concedida pela Justiça. Além dele, outros dois investigados também respondem pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de capitais.
De acordo com a delegada Lauana Guedes, o inquérito policial foi instaurado em agosto do ano, quando cerca de 600 pessoas registraram boletim de ocorrência informando que uma empresa de investimentos deixou de pagar os rendimentos mensais prometidos aos clientes.
Ainda segundo a Polícia Civil, foi comprovado que uma associação criminosa induziu os investidores ao erro, ocasionando um prejuízo estimado em R$ 40 milhões. "O líder se apresentava como sócio-proprietário de uma empresa de investimentos, ministrava cursos de mercado financeiro e exibia em suas redes sociais publicações de operações bem-sucedidas no mercado de investimentos", detalhou a delegada.
Conforme a delegada Suirá Paim, para conferir aparência legal ao negócio, o suspeito emitia declarações falsas com Informes de Rendimentos Financeiros e manipulava os dados dos investimentos e rendimentos na plataforma de consulta.
"De modo que, para os clientes, as operações tinham sempre resultados positivos. Somado a isso, para aumentar a credibilidade da empresa, o investigado colocou sua marca como patrocinadora oficial de um dos clubes de futebol de maior evidência no Estado de Sergipe", relatou.
Ainda na investigação, o Depatri verificou que o investigado dizia investir as aplicações no mercado brasileiro, mercado americano e demais ativos negociados na Bolsa de Valores.