Festa dentro do presídio
O Fantástico mostrou uma operação da Polícia Federal que pôs fim a um esquema de corrupção que durou sete anos dentro do presídio de Igarassu, em Pernambuco.
A investigação revelou que com a conivência do diretor do presídio, Charles Belarmino de Queiroz, e de agentes penitenciários, os criminosos continuaram a cometer crimes, dar festas privadas de dentro da prisão, manter um laboratório de drogas e uma vida de luxo e regalias.
"O diretor era um dos principais articuladores do esquema criminoso", destaca o delegado da Polícia Federal, Otávio Bueno. Assista no vídeo acima.
"Os agentes penais eram, praticamente, sócios dos presos na empreitada criminosa', comenta.
A operação da PF cumpriu mandados de busca e apreensão e prendeu oito agentes penais, além do ex-diretor do presídio.
Os agentes penitenciários podem responder por corrupção passiva, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Para manter o esquema, os detentos contavam com a conivência de agentes penitenciários. De acordo com a investigação, os servidores facilitavam a entrada de tudo que os presos queriam em troca de joias, celulares e maços de dinheiro.
Um dos agentes investigados, Eronildo dos Santos, teria usado o dinheiro da propina para construir uma piscina em casa.
A investigação começou depois da apreensão do telefone usado por um dos criminosos, que era também o chefe do esquema dentro do presídio. Lyferson Barbosa da Silva aparece em vários vídeos gravados em diferentes momentos.
As imagens encontradas no celular do líder desse "resort do crime" revelaram a rotina de luxo de traficantes e assassinos dentro da unidade prisional: comida e bebida à vontade, presença de garotas de programa e até celas equipadas com videogames, sistema de som e iluminação e convidados que podiam entrar livremente.
A cadeia que virou boate em Pernambuco