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SERGIPE: Cerca de 70% das empregadas domésticas perderam o emprego no Estado

Por Daniel Alves em 04/05/2020 às 17:56:42

O trabalho doméstico está entre os segmentos mais atingidos neste momento de pandemia. Por conta disso, as diaristas e faxineiras também têm sofrido as consequências. De acordo com o Sindicato das Domésticas de Sergipe, cerca de 70% das profissionais perderam o emprego e, sem ter como sustentar a família, muitas têm até vendido itens domésticos para conseguir comprar comida.

Segundo a vice-presidente do Sindicato das Domésticas, Quitéria Santos, neste momento, tanto as empregadas com carteira assinada quanto as diaristas estão prejudicadas. "Mas quem mais está penalizada e sofrida é a diarista, pois ela não tem os direitos assegurados porque não tem carteira assinada. Muitas solicitaram o auxílio emergencial, mas ainda não receberam, aparece sempre mensagem de análise e elas estão passando necessidade e até fome", alerta.


Quitéria revela ainda que as demissões começaram logo nos primeiros dias dos decretos determinando o isolamento social. Ela pontua ainda que alguns patrões inscreveram as funcionárias no programa do governo para que não tivessem que demiti-las. "As que têm carteira assinada o patrão conseguiu aderir ao programa do governo e o salário vai ser pago", disse. Infelizmente, por conta de terem sido dispensadas, as diaristas são as que mais têm sofrido com a situação. "Muitas estão passando necessidade, precisando vender eletrodomésticos para comprar comida para casa, aí quando consegue comprar comida falta o gás.

Muitas já me falaram até que vão atrás de lenha para poder cozinhar. A gente tem conseguido doações de cestas básicas, mas numa casa que tem de quatro a cinco pessoas não dá para o mês todo", lamentou. Questionada se as trabalhadoras tiverem acesso aos R$ 600 do auxílio emergencial, Santos revelou que nem todas receberam. "Nem todas conseguiram, e para muitas permanece em análise.

Infelizmente, nem todas têm habilidade com internet, não têm internet em casa e às vezes nem têm um celular que pegue internet. Muitas se inscreveram e a documentação ainda está em análise. Estamos com uma campanha com a CUT de arrecadação de alimentos e já conseguimos arrecadas cerca de 50 cestas", finalizou a vice-presidente do Sindoméstica.

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