ARACAJU/SE: Jovem baleado por policial militar morre no Huse

O crime ocorreu no último dia 15 de novembro, em Aracaju

O jovem Chelton Luis Santos, de 28 anos de idade, atingindo por um disparo de arma de fogo no último dia 15 de novembro, por um cabo da Polícia Militar, faleceu no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), na noite de ontem, 25.

Chelton foi vitimado enquanto tentava apartar uma briga num bar localizado na avenida Caçula Barreto, no conjunto Augusto Franco, no dia da apuração eleitoral. Segundo informações do irmão da vítima, Charles Santos, a briga aconteceu entre duas mulheres, onde uma delas era conhecida de Chelton, e a outra, era namorada do policial, autor dos disparos.

"A discussão foi na fila de bar. Quando meu irmão foi separar a briga, o policial chegou dando tiro para matar o causador da briga e um dos tiros acertou meu irmão. Logo em seguida, o policial foi em direção ao menino envolvido na briga e fez mais disparos, entre quatro a seis", conta Charles.

Chelton estava no Huse e no hospital também testou positivo para o novo coronavírus.

O velório está acontecendo na manhã de hoje, 26, na quadra do Colégio Janelinha do Saber/São Joaquim. O pai dele gravou um vídeo onde diz que não quer ver tristeza no velório, e que programou fazer "um pagodinho, fundo de quintal, com cervejinha, para a turma querida que sempre amou ele".

O enterro será realizado no Cemitério São João Batista, às 16h. A família agora aguarda por justiça.

De acordo com a Polícia Civil de Sergipe, as investigações do caso estão em curso, e o suspeito será indiciado por homicídio com dolo eventual, já que tinha a intenção de alvejar um outro rapaz, com o qual ele tinha discutido.

"Há também o indiciamento por tentativa de homicídio, já que o suspeito atingiu de raspão, a orelha da vítima com a qual ele havia discutido", acrescenta a nota policial.

A Polícia Militar também se manifestou, no dia seguinte ao fato, para informar que a CIOSP foi acionada e prontamente atendeu a ocorrência. Ao chegar ao local, o suspeito responsável pelos disparos, conforme apontado por populares, já não se encontrava no local. Somente na terça-feira, 17, a corporação foi certificada de que o suspeito seria um policial militar.

"O PM compareceu, de forma espontânea, ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) afim de prestar os esclarecimentos devidos sobre o ocorrido", informa.