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Ex-ginasta acusada de matar a filha ao jogá-la no lixo, voltará a prisão

Por Daniel Alves em 12/06/2022 às 07:46:27

CRUEL: Ana Carolina Moraes da Silva, acusada de matar a própria filha, foi presa em Santos, no litoral de São Paulo, em 2018

Ana Carolina Moraes da Silva estava em liberdade provisória desde o último dia 3 de junho.

A ex-ginasta Ana Carolina Moraes da Silva, acusada de matar a filha recém-nascida ao jogá-la em um duto de lixo, do 6° andar, de um prédio em Santos, no litoral de São Paulo, voltará à prisão preventiva. A decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) foi publicada na última quinta-feira (9).

Mais cedo, o Ministério Público (MP) havia ingressado com um recurso no TJ-SP pedindo a restituição da prisão da acusada. A partir do documento que contém a decisão do citado órgão, Ana Carolina ficará detida até o julgamento do recurso ministerial. A data ainda não foi divulgada.

A acusada estava em liberdade provisória desde o último dia 3 de junho, quando conseguiu um alvará de soltura e a suspensão do júri junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A reportagem, a advogada de defesa da ex-ginasta, Letícia Giribelo, informou que entraria com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), caso o TJ-SP determinasse pelo retorno de Ana Carolina à prisão, como fez.

Entenda o caso

A menina recém-nascida foi encontrada morta em 28 de junho de 2018 dentro de uma lixeira localizada na frente de um prédio em Santos. Segundo apurado pela reportagem na época, o bebê foi encontrado por um catador de latinhas que vasculhava a estrutura, localizada na Rua Bahia, no bairro Gonzaga.

De acordo com testemunhas, a criança estava dentro de um saco preto e completamente enrolada com jornais. A queda do 6º andar, segundo o Instituto Médico Legal (IML), foi a causa da morte, já que foi constatado traumatismo craniano na criança e não havia indícios de asfixia, como indicou a polícia inicialmente.

Um cupom fiscal da compra de um pacote de fraldas descartáveis, achado em meio ao corpo do bebê, foi o pontapé inicial para a localização do pai da criança. Abordado nas redondezas do prédio em que morava, foi ele quem indicou que Ana Carolina e a filha, de três anos, estavam em outra cidade.

Na época, o delegado Renato Mazagão Júnior, responsável pelo caso, afirmou que no apartamento, foi localizada uma lixa metálica e pontiaguda, o que reforça a hipótese de ela ter sido usada para a asfixia, já que a criança tinha ferimentos de perfuração no pescoço.

O casal foi preso no mesmo dia, mas o pai, porém, foi solto na manhã seguinte, em decisão que foi acompanhada pelo Ministério Público. Ele foi indiciado por favorecimento pessoal. Já a mãe foi indiciada por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Desde 2018 - até o período de "liberdade provisória" - Ana Carolina ficou presa na Penitenciária Feminina I de Tremembé (SP). Ela está sendo acusada de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, já que a investigação policial apontou que ela matou a criança por não querer criá-la. Ela também responde por ocultação de cadáver, podendo cumprir de até 30 anos de prisão.

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