O vendedor Robert da Silva Pereira, suspeito de matar a ex-companheira e filha do casal, à época com sete meses, foi condenado 65 anos e 3 meses de reclusão por homicídio qualificado. O resultado do julgamento, que ocorreu no dia 21 de junho, foi divulgado na sexta-feira (1º), pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), no balanço semanal das promotorias do júri da capital.
O crime ocorreu em outubro de 2019. Os corpos de Luana da Silva e da filha, Maria Louise, foram encontrados separados a cerca de um quilômetro de distância, próximos a uma lagoa no Bairro Sapiranga, em Fortaleza.
A mulher estava sem roupa e com lesões "provocadas por instrumento contundente", conforme informado na ocasião pela Secretaria de Segurança. Já a criança, apresentava sinais de asfixia.
Segundo o Ministério Público, o duplo homicídio do qual Robert foi acusado ocorreram nos dias 26 e 27 de outubro, no mesmo bairro onde os corpos de mãe e filha foram localizados. De acordo com a acusação, utilizando um pedaço de madeira, Robert desferiu golpes que vitimaram a então companheira. Em seguida, sufocou a criança.
Robert foi preso dias após os crimes, após ir à delegacia com o pai em busca de informações sobre as investigações acerca das mortes da ex e da filha. Ao ser questionado pelos agentes, ele acabou confessando as mortes.
Na época, a delegada Mariana Diógenes informou que quando soube que Robert estava na unidade, o chamou para conversar.
"Nossa equipe estava investigando, no momento em que me avisam que ele estava na delegacia para saber informação sobre a investigação. Quando eu pedi pra ele subir, que ele sentou na frente da minha sala e que ele não tinha nenhuma reação emocional aos dois homicídios principalmente o da criança. (...), para mim, já tava sedimentado e ele sim seria o acusado. Ele, em nenhum momento veio se entregar. Pelo contrário, relutou muito até a confissão afirmando que a companheira não tinha dormido com ele no sábado", disse a delegada.
"Na minha conversa com ele, ele me questionou perguntando: 'que história é essa que estava saindo na mídia que a neném teria sido achada dentro de um saco?'. Foi quando eu olhei para ele e disse: Por que, você tirou do saco e jogou fora do saco?'. Ele calou-se. Depois eu falei de novo: 'você tirou de dentro do saco e jogou fora do saco, não foi?'. Ele assentiu com a cabeça", acrescentou Mariana