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MP pede prisão de policial civil suspeito de matar idoso

Por Daniel Alves em 28/09/2020 às 20:09:52

Policial civil é acusado de matar idoso e forjar provas contra a vítima

Denúncia alega ainda que houver tentativa de forjar a causa da morte, revelada após imagens pelo Jornal da Record

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) pediu a prisão preventiva de um policial civil suspeito de matar um idoso que vivia em situação de rua e de tentar enganar as autoridades para escapar do crime. As informações são da Record TV.


A Justiça descobriu a suposta tentativa de fraude depois que o Jornal da Record mostrou, com exclusividade, imagens do momento em que a vítima foi atingida por um tiro.

Ao perseguir um homem que teria roubado uma bicicleta em uma das praças mais movimentadas do centro de São Paulo, o policial civil puxou o gatilho e atirou. Um dos disparos atingiu Lázaro Marcelino na calçada.

Uma gravação de câmera de monitoramento mostra o momento em que o idoso é socorrido, colocado no porta-malas da viatura pelo policial que atirou e por um colega.




O MP afirma que médicos e legistas foram induzidos ao erro. O policial civil apresentou uma faca com manchas de sangue, alegando que a arma tinha se desprendido do corpo da vítima e caído dentro da viatura no trajeto até o hospital.

A Promotoria concluiu que o suspeito usou uma faca para ferir o idoso, que já estava baleado, com a intenção de atrapalhar as investigações e não ser punido pelo crime. De acordo com a denúncia, a verdade só veio à tona depois do sepultamento, com a divulgação das imagens das câmeras de segurança.

O corpo foi exumado e o projétil de arma de fogo localizado no corpo da vítima. A apuração indicou ainda que o policial teve acesso a informações sigilosas sobre o laudo com a causa da morte do idoso. O objetivo era comprometer e dificultar a investigação e o esclarecimento da verdade.

O policial foi denunciado por homicídio doloso (com intenção de matar) e por fraude processual. Ele pode responder por homicídio qualificado por efetuar disparos em praça pública movimentada e por dificultar a defesa da vítima. A pena pode chegar a 34 anos de prisão.

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