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ESTELIONATO: JUSTIÇA IMPÕE QUE GOVERNO FEDERAL INFORME SE FEIJÃO DE PASTOR CURA COVID-19

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Por Daniel Alves em 30/10/2020 às 17:31:17

Estelionatário Valdomiro vendendo semente de feijão cheio de gorgulho a R$ 1.000 cada semente

Igreja Mundial do Poder de Deus, do Pastor Valdemiro Santiago, é investigada por suposto estelionato ao comercializar sementes que prometem cura da doença

Antes publicada como notícia falsa no site do governo federal, a informação de que feijões curariam a Covid-19 foi retirada do ar. A questão envolve a venda do produto pelo pastor Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus.

Agora, a 5ª Vara Cível Federal de São Paulo pediu à União que publique no site do Ministério da Saúde se as sementes de feijão vendidas pelo pastor têm eficácia ou não eficácia comprovadas contra o coronavírus.

A venda de sementes levantou investigações do Ministério Público Federal (MPF). O órgão considerou que a comercialização e a promessa de cura são indícios de estelionato. Em vídeos, Valdemiro Santiago pedia aos fiéis que plantassem as sementes, vendidas entre R$ 100 e R$ 1 mil. O pastor argumentava que o produto tinha eficácia para a cura da doença.

Na decisão da vara de São Paulo, está determinado, ainda, que o governo federal mostre a identidade de quem retirou a informação do ar em um prazo de 30 dias. Antes, o MPF já havia indicado a prática abusiva de liberdade religiosa, e que o pastor e a igreja lucrariam com a venda dos feijões.

A igreja Mundial do Poder de Deus afirma que a semente de feijão "é uma figura de linguagem" presente em textos bíblicos, e que não vende a cura da doença.

O governo federal afirmou, na época das investigações do MPF, que estava tomando "medidas necessárias para neutralizar informações equivocadas que colocam em risco a saúde pública".

A recente decisão do juiz federal Tiago Bitencourt de David ainda aponta que o Estado, laico, "não pode ser cooptado por entidade religiosa" e que o mesmo não deve, indevidamente, restringir a liberdade religiosa. O documento também indica que é preciso "informar a população acerca da (in)eficácia curativa do feijão apresentado como abençoado".


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