(por Marco Frenette – escritor)
Esse controle consiste em criar mecanismos estatais que obriguem o cidadão a fazer o que o estado deseja até atingir as raias do absurdo.
Se não cumprir a "lei", a vida social, profissional e financeira do cidadão fica prejudicada ou até inviabilizada.
O controle social é bem diferente de modos civilizados de controle da ordem, a exemplo de forças policiais e sistemas jurĂdicos que não interferem nas liberdades clĂĄssicas de toda sociedade livre: a de ir e vir; a de liberdade de expressão; a de ganhar a própria vida; a de comerciar; a de educar seus filhos; a da autodefesa.
O controle social ataca todas essas liberdades e tantas outras decorrentes, e, por isso, é a essĂȘncia de todo regime totalitĂĄrio.
Foi assim no estado socialista de Hitler, no estado socialista de Mussolini, e nos socialismos de todos os outros grandes delinquentes: Stalin, Mao, Castro, Pol Pot.
De modo que o esquerdista ser um tarado por controlar a vida dos outros é apenas o reflexo em sua mente da luz revolucionĂĄria que incide sobre a fossa sanitĂĄria do credo marxista.
Um exemplo bem brasileiro é o do Ciro Gomes falando no Brasil Forum UK, em Oxford:
"EU QUERO CONTROLE SOCIAL (?) A HUMANIDADE PRECISA DE CONTROLE".
É o mesmo espĂrito que agora leva os esquerdistas a comemorarem a possibilidade de tirar emprego e liberdade de ir e vir de quem se recusar a tomar a vacina.
Sem contar a gana dos esquerdistas por maior isolamento social, maior rigidez no uso de mĂĄscara e perseguição aos médicos que insistam na divulgação e prescrição do tratamento precoce.
Claro que muitos não se acham marxistas por agirem assim.
Eles realmente acreditam que defendem o controle social porque são "inteligentes" e "sensatos".
Mas é tĂpico e lógico que o inocente Ăștil não tenha consciĂȘncia da sua condição de inocente Ăștil.
Se um estĂșpido sabe que é estĂșpido, com o passar do tempo sua estupidez vai desaparecendo; ou, ao menos, ele aprende a combatĂȘ-la, levando, então, uma vida quase normal.
Esse despertar da consciĂȘncia de si próprio raramente ocorre com o inocente Ăștil, porque ele é vĂtima não apenas do avassalador gramscismo cultural, mas também de sua própria arrogância e pretensão.
E por falar em Gramsci, claro que esse marxista descreveu o controle social de modo a pintĂĄ-lo como uma ferramenta benéfica para trazer a justiça e a felicidade socialista a todos.
Mannheim, um respeitado sociólogo que iniciou seus estudos em um grupo coordenado por ninguém menos do que o demônio Georg LukĂĄcs, definiu o controle social como os "métodos pelos quais a sociedade influencia o comportamento humano".
Notem o truque da novilĂngua de trocar "estado" por "sociedade", passando a ilusão do totalitarismo nascendo naturalmente da vontade popular.
Quem se aventurar pela sociologia, e também pela filosofia polĂtica, encontrarĂĄ uma série de definições espertinhas e bem bonitinhas do que seria o tal do "controle social".
Mas o fato é um, e apenas um:
O CONTROLE SOCIAL É A ANTESSALA DO INFERNO TOTALITÁRIO, E APENAS QUEM NÃO PRESTA OU TEM MINGAU NA CABEÇA COMEMORA E DEFENDE ESSE ESTADO DE COISAS.
(por Marco Frenette – escritor)