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Aluna esfaqueada na nuca por colega diz que ataque foi inesperado após o repreender por importunar amiga

Por Daniel Alves em 25/08/2021 às 06:17:17

Adolescente foi apreendido após dar facada em colega em escola de Goiânia

Estudante relatou que colega agressor havia tocado em partes íntimas de amiga. Advogada pondera que aluno tem transtornos mentais e sofria bullying na unidade de ensino.

A aluna que foi esfaqueada na nuca por um colega dentro do Colégio Estadual Polivalente Professor Goiany Prates, em Goiânia, diz que o ataque foi inesperado após repreender o adolescente por importunar sexualmente uma amiga.

"Foi assustador. Não esperava por isso. Na sexta-feira passada, ele chegou por trás e tocou em partes íntimas de uma amiga quando íamos embora. Falei para ele não fazer isso", contou a estudante.

A advogada Ana Cláudia Amorim Santos, que defende o estudante, ponderou que ele tem transtornos mentais e estava sofrendo bullying por um grupo de colegas.

"Tinha um grupo de colegas que estavam o tratando de forma bem mal. Ele não tinha crises há muito tempo. O estudante está bem arrependido e chorando bastante", explicou a advogada.

O adolescente foi apreendido pela Polícia Civil e levado para prestar depoimento na Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). Segundo o delegado Queops Barreto, o rapaz levou a faca escondida na mochila. O G1 tenta confirmar com a polícia se ele foi liberado.

Os dois adolescentes têm 15 anos de idade. Segunda a aluna, a agressão aconteceu durante o intervalo entre as aulas de segunda-feira (23).

Ela tinha ido beber água e sentiu um incômodo no pescoço. Depois, passou a mão no local e sentiu o sangue escorrer. A estudante contou que chegou a desmaiar dentro da direção da escola por causa do nervosismo.

A aluna foi levada ao Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) de Campinas para receber atendimento médico e levou três pontos no local do corte. Logo depois, ela recebeu alta.

A Secretaria Estadual de Educação disse que apura os fatos e vai desenvolver ações de conscientização sobre assédio e bullying nas escolas.

O superintendente de Segurança Escolar, coronel Mauro Vilela, explicou que o aluno sempre foi acompanhado por uma professora de apoio por ter déficit de atenção e bipolaridade.

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