O subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal, Irineu Marques Dias, preso desde sábado (9) suspeito de participar de um estupro coletivo contra uma jovem de 25 anos, no Entorno do DF, é dono da casa onde ocorreu o crime. A informação foi confirmada ao g1 pela delegada Tamires Teixeira, responsável pela investigação.
Nesta quarta-feira (13), a vítima denunciou ter sido estuprada por seis homens. Durante o fim de semana, na delegacia, ela havia falado em cinco homens.
Além do PM, o irmão dele, Daniel Marques Dias, de 37 anos, e Thiago de Castro Muniz, de 36 anos, estão presos preventivamente. A vítima reconheceu os três como sendo os abusadores que a atacaram durante uma festa, em Águas Lindas de Goiás.
A defesa dos suspeitos diz que "a acusação é infundada". Segundo o advogado Marcelo Almeida Alves, o PM preso "não esteve no local dos fatos durante a madrugada".
O advogado, que se apresenta como responsável pela defesa dos três presos, informou, por meio de nota, que o subtenente estava a 50 quilômetros do local e que só chegou na casa na manhã de sábado (leia íntegra da nota da defesa mais abaixo).
O caso foi registrado, inicialmente, na Delegacia Regional de Águas Lindas, mas passou a ser apurado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). Outros três homens são procurados pela Polícia Civil de Goiás.
A vítima contou que a festa começou na noite de sexta-feira (8) e iria até domingo (11). Segundo a jovem, ao amanhecer de sábado, ela foi convidada por duas mulheres para dormir em um quarto.
No entanto, depois de um tempo, as duas saíram e a deixaram sozinha. Conforme a vítima, um homem entrou no quarto e começou a tirar a roupa.
Ela disse que, depois de mostrar que estava armado, o homem a estuprou. A jovem contou ainda que, após a agressão, ele deixou a arma dentro de um guarda-roupa, como forma de ameaça, e saiu do quarto.
Foi quando outros homens passaram a se revezar para estuprá-la. A vítima disse que, durante todo o tempo, gritou por socorro, mas não foi atendida.
Depois dos abusos ela conseguiu fugir, inclusive usando a camiseta do subtenente. Ela encontrou duas pessoas na rua, que a ajudaram. O Corpo de Bombeiros foi chamado e a vítima levada ao hospital e, em seguida, à delegacia.