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Justiça absolve um dos acusados de matar adolescente de 15 anos com 2 tiros na cabeça

Por Daniel Alves em 14/10/2021 às 07:05:28

PM Adriano Campos (à esquerda) era acusado de matar o adolescente Guilherme Guedes

Sargento Adriano Campos foi julgado nesta quarta (13) pelo assassinato de Guilherme Guedes em 2020. Corpo foi achado no ABC. Policial, que negou crime, será solto nesta quinta (14). O ex-policial militar Gilberto Rodrigues está preso pelo homicídio, mas ainda não foi a júri.

A Justiça de São Paulo absolveu nesta quarta-feira (13) o sargento da Polícia Militar (PM) Adriano Fernandes de Campos, um dos dois acusados de matar Guilherme Silva Guedes, de 15 anos. O adolescente foi baleado à queima-roupa e morto em 14 de junho de 2020 na Zona Sul da capital. Seu corpo acabou encontrado em Diadema, na Grande São Paulo.


Por decisão da maioria dos sete jurados (foram três mulheres e quatro homens), Adriano foi inocentado da acusação do homicídio de Guilherme e será solto. Além do sargento, o Ministério Público (MP) acusa o ex-PM Gilberto Eric Rodrigues de participar do assassinato do adolescente. Ele está preso e ainda não foi julgado.

O julgamento de Adriano havia começado no início da tarde desta quarta e terminou no final da noite. O júri popular ocorreu de maneira presencial no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo.

A sentença de absolvição foi confirmada pelo juiz Luís Gustavo Esteves Ferreira, da 1ª Vara do Júri. O magistrado ainda expediu o alvará de soltura para Adriano. O sargento da PM, que está detido desde 17 de junho do ano passado no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital, deverá ser colocado em liberdade ainda nesta quinta-feira (14).

"Ante o exposto, e em consequência da vontade soberana dos senhores jurados, declaro absolvido o réu Adriano Fernandes de Campos, com qualificação no feito, da imputação contida nestes autos. Pelo desfecho, não há substrato para a manutenção da prisão cautelar, a qual é revogada", escreveu o juiz Luís Gustavo na decisão.

Por causa da pandemia de Covid somente as partes envolvidas no processo puderam estar presentes no julgamento do PM Adriano: juiz, promotor, advogados, jurados, testemunhas e o réu. O júri não foi aberto ao público.

"Nós conseguimos demonstrar aos jurados que as investigações foram extremamente equivocadas e não levaram ao autor do crime. Apesar de estar no lugar, Adriano não foi o autor dos disparos que vitimaram Guilherme", falou nesta quarta ao g1 o advogado Renato Soares do Nascimento, que defende o PM. Ele atua na defesa de Adriano ao lado do também advogado Mauro Ribas.

A reportagem não conseguiu falar com o promotor Neudival Mascarenhas, representante do Ministério Público que acusou o sargento da PM, para comentar o assunto.


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