"Tudo começou quando a gente decidiu fazer um intercâmbio em Nova York. Nós sabíamos, em 2012, com o anúncio de Copa do Mundo no Brasil em 2014, que o inglês seria crucial para oportunidade de trabalho. Como não somos de famílias privilegiadas, temos origem humilde, resolvemos nos preparar. A ideia era ir para os Estados Unidos e voltar para o Brasil", contou Ricardo.
Coxinha feia, mas gostosa
A história mudou depois que uma amiga pediu para que o casal levasse coxinhas de frango para a comemoração de um aniversário. Sem encontrar no comércio, eles decidiram fazer por conta própria o quitute. Apesar de o resultado não ter ficado com a estética boa, o sabor foi aprovado.
"Saiu tudo, menos coxinha. Tinha uns formatos meio estranhos. No fim das contas, era massa com recheio de frango. Na festa, tinha brasileiros e americanos. No final, todos começaram a elogiar a coxinha para nós", lembrou.
"Foi, então, que a nossa amiga, que tinha pedido a coxinha, sugeriu de a gente investir nisso. E a gente ficou com isso "martelando" na nossa cabeça", contou Ricardo ao g1.
A ideia saiu do papel e começou a dar certo. As encomendas foram aparecendo pouco a pouco, até que a iniciativa ganhou a divulgação de um blog conhecido em Manhattan.
"No primeiro mês, tivemos três encomendas. No segundo mês, quatro encomendas. A Vanessa já estava gostando do resultado porque a nossa meta era pagar algumas contas básicas, como telefone, conta de energia", disse o fundador do Petisco Brazuca.
"Eu ainda não estava satisfeito. Eu fiz um texto comunicando alguns influenciadores locais sobre o que a gente estava fazendo. Um blog, muito conhecido na região, resolveu divulgar a gente. O telefone não parava de tocar. Nós fomos de três encomendas no primeiro mês, para quarenta. Nessas quarentas encomendas, eram 5 mil salgados. Tivemos um problema positivo que era: como entregar tudo isso?", completou.