Há meses, reportagens da Crusoé vêm alertando seus leitores para a existência de movimentos dentro do Judiciário que tentam conter a Lava Jato, em particular, e o combate à corrupção, em geral.
O objetivo parece ser deixar tudo como sempre foi.
As capas da revista reunidas abaixo são uma pequena amostra do que os jornalistas da revista apuraram e revelaram ao Brasil:
8/11/2019
18/10/2019
4/12/2019
15/3/2019
O que essas reportagens revelaram é que togados de peso, a partir das altas cortes de Brasília, alimentaram e/ou coordenaram a ofensiva para enfraquecer órgãos de investigação e mecanismos de punição.
Parecia que esses magistrados não podiam ser questionados. Parecia que suas decisões não podiam ser contestadas.
Eis que, a partir de Porto Alegre, veio a contestação, na forma da aplicação da lei.
Sim, os magistrados de Porto Alegre disseram "não" ao STF de Dias Toffoli:
29/11/2019
Leia um trecho da reportagem exclusiva sobre o assunto que acaba de ser publicada.
A reportagem mostra como os magistrados do TRF-4, de Porto Alegre, criticaram e questionaram a recente decisão do STF que abriu brecha para a anulação de sentenças da Lava Jato:
"O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o TRF-4, não apenas confirmou a segunda condenação de Lula e elevou sua pena de 12 para 17 anos de prisão, como resistiu a ser curvar ao recente entendimento produzido pelo STF de que réus delatados, como o ex-presidente petista, devem ser ouvidos depois dos réus colaboradores, como o empresário Marcelo Odebrecht, na fase das alegações finais "
Em seu voto, o desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4, disse que não era possível seguir a decisão do STF que já resultou, por exemplo, na anulação da condenação que Sergio Moro impôs ao ex-presidente da Petrobras dos tempos de Dilma — e do petrolão.
Mas, afinal, quais podem ser as consequências dessa insurgência contra o STF no combate à corrupção? E para os corruptos?
Veja o que diz a apuração exclusiva:
"No momento em que a Lava Jato está na berlinda, acossada por uma série de derrotas impostas pelo Supremo, o TRF-4 montou uma trincheira contra o revisionismo jurídico de ocasião, afastou qualquer suspeita sobre a isenção dos juízes de Curitiba e conferiu sobrevida à maior operação de combate à corrupção já deflagrada no país "
"Com a decisão do TRF-4, se o plano do "Lula Livre" vingou no Supremo a partir da revogação da prisão em segunda instância, os projetos "Lula Inocente" e "Lula Presidente" ganharam novos obstáculos "
Não será tão fácil manter tudo como era antes