A Polícia Federal foi acionada e emitiu alerta para os aeroportos após o estudante de medicina suspeito de estupro de vulnerável ser considerado foragido. Na tarde desta terça-feira (12), a Polícia Civil cumpriu buscas nos endereços do investigado em Manaus e Teresina, mas ele não foi localizado.
Além de estuprar sua irmã de apenas 3 anos de idade, o estudante é suspeito estupro contra pelo menos quatro garotas em Teresina. O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Lucy Keyko, informou a reportagem, que o investigado não foi encontrado para o cumprimento do mandado de prisão preventiva.
O mandado de prisão foi expedido em 7 de outubro, mas somente nesta terça-feira (12) foram feitas buscas tentativa de localizar o estudante. Procurada, a defesa do estudante informou que ainda não foi informada formalmente sobre a decisão e que, por isso, não vai se pronunciar no momento.
"Houve diligências nos endereços dele em Manaus, no intuito de cumprir a Carta Precatória. Em Teresina, a DCPA [Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente] fez buscas, mas ele não foi localizado", informou o delegado Marcelo Leal, da Gerência Especializada (GPE).
A mãe de uma das vítimas soube do caso em setembro deste ano e procurou a Delegacia de Proteção aos Direitos da Criança e do Adolescente (DPCA), que fez o pedido da prisão. O caso está sob sigilo, não podemos divulgar as identidades dos envolvidos para preservar as vítimas.
A mãe de uma das vítimas de abusos sexuais disse a reportagem que a família espera justiça no caso. Ela disse que espera que a repercussão ajude a fazer com que o estudante seja reconhecido de forma mais rápida e seja preso, principalmente porque a família tem medo que o rapaz fuja do Brasil. Ela explicou que tem medo que mais crianças possam ser vítimas.
"O desejo de toda a família é apenas que ele pague, que seja preso. Que ele cumpra a decisão, pois o mandado de prisão está aí. Que ele seja barrado, seja reconhecido, que tenha repercussão, no Brasil, mundial, para prender ele, porque ele não vai parar", afirmou.
A mãe de uma das meninas que teria sido vítima do estudante contou que a família ficou destruída após a descoberta dos casos. Segundo ela, a menina tem dificuldade e medo de conviver com homens. Esse foi, de acordo com a mãe, um dos primeiros sinais percebidos pela família de que a menina estava com problemas psicológicos.
Depois de conversar com a menina, mãe da garota e a ex madrasta do estudante denunciaram o rapaz à polícia. Duas irmãs e duas primas teriam apontado o jovem como autor dos abusos.
"Ele destruiu [nossa família], assim de uma forma que eu jamais, nem nos meus piores pesadelos eu pensei que estaria passando por isso. De você ver o seu pai, a sua mãe, todo mundo sem chão, sem saber o que fazer", declarou a mãe de uma das garotas.
A respeito do caso do estudante de medicina suspeito de abusar sexualmente de quatro crianças, atualmente foragido da Justiça, a Polícia Federal esclarece que está prestando o devido apoio à Polícia Civil no cumprimento do mandado de prisão preventiva que se encontra em aberto.
A Polícia Federal foi acionada em virtude da possibilidade de tentativa de fuga do suspeito para o exterior. Todas as unidades da PF nas fronteiras aéreas e terrestres foram comunicadas e encontram-se em alerta.