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Mulher leva morto em cadeira de rodas para sacar empréstimo de R$ 17 mil e pede a ele: 'Assina'

Por Daniel Alves em 17/04/2024 às 05:51:15

Mulher leva corpo em cadeira de rodas para sacar empréstimo no Rio

Funcionários da agência bancária, que fica em Bangu, desconfiaram da ação da mulher - que diz ser sobrinha do cadáver - e chamaram a polícia.

Uma mulher foi conduzida para a delegacia, na tarde desta terça-feira (16), depois de levar um cadáver em uma cadeira de rodas para tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ela acabou sendo presa.

Funcionários do banco suspeitaram da atitude de Érika de Souza Vieira Nunes e chamaram a polícia. O Samu foi ao local e constatou que o homem, identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto – aparentemente havia algumas horas. A polícia apura como e exatamente quando ele morreu.

"Ela tentou simular que ele fizesse a assinatura. Ele já entrou morto no banco", explicou o delegado Fábio Luiz, que investiga o caso.

Na delegacia, a mulher disse que sua rotina era cuidar do tio, que estava debilitado. A polícia apura se ela é mesmo parente dele.

Conversa com o cadáver

Um vídeo, feito pelas atendentes do banco, mostra que a todo tempo ela tentava manter a cabeça do homem reta, usando a mão e conversa com o suposto parente – que, claro, não responde.

"Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer eu faço", afirma a mulher.

"Assina para não me dar mais dor de cabeça, eu não aguento mais", completa.

Nesse momento, as funcionárias tentam intervir e uma delas comenta sobre a palidez do homem: "Ele não está bem, não. A corzinha não tá ficando..."

"Mas ele é assim mesmo", responde a suposta sobrinha.

A mulher responde: "Ele não diz nada, ele é assim mesmo. Tio, você quer ir para o UPA de novo?", questiona ela, sempre sem resposta.

Érika foi presa em flagrante e vai responder por furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.

A polícia quer entender se outras pessoas a ajudaram a cometer os crimes e busca imagens de segurança.

O corpo do idoso foi levado para o Instituto Médico Legal.

"O principal é: a gente continuar a investigação, pra gente identificar demais familiares, e saber se quando esse empréstimo foi realizado se ele estava vivo, qual é a data desse empréstimo", explica o delegado.


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