Em habeas corpus o advogado do senador, Frederick Wassef, alegava que a argumentação de Itabaiana para justificar a quebra dos sigilos de tantas pessoas era inconsistente, resumida em apenas um parágrafo do processo. Além disso, a defesa de Flávio alega que o sigilo do senador e pessoas próximas já havia sido violado ilegalmente por meio do fornecimento de informações bancárias pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). No início desta semana, a Polícia Federal isentou Flávio dos crimes delavagem de dinheiro em falsidade ideológica em negociações envolvendo imóveis no Rio de Janeiro.
A defesa de Flávio havia entrado com um pedido de habeas corpus no TJRJ para tentar derrubar a decisão proferida em primeira instância. O julgamento do recurso iniciou na semana passada, e o relator, desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, da 3ª Câmara Criminal do TJRJ, defendeu a restauração dos sigilos.
Na semana passada, Amado votou em favor de Flávio considerando o fato de o senador não ter sido ouvido antes do pedido de quebra de sigilo feito pelo Ministério Público estadual, em abril do ano passado. O MP apura as práticas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por parte do senador.