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DESEMPREGO, Sergipe registra aumento do emprego informal

Por Daniel Alves em 11/09/2021 às 05:49:37

Para garantir a sobrevivência, as pessoas estão aceitando todo tipo de ocupação

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 0,9 ponto em agosto, atingindo a máxima de 90,1 pontos, o que significa o maior nível desde fevereiro de 2020 (92 pontos). O índice demonstra que há aumento na possibilidade de os brasileiros conseguirem emprego. Conforme o economista Luís Moura explica, a FGV constrói o indicador de emprego com parâmetros nos resultados divulgados pelo Caged e Pnad Contínua e, por isso, o que implica neste aumento é o crescimento do emprego informal no país. "De fato está tendo um crescimento do emprego formal no Brasil, segundo o Caged.




A última Pnad Contínua deu uma pequena variação negativa, mostrando tendência do que foi apontado pela FGV, que diminuiu -0,6% a taxa de desemprego no país. No Estado de Sergipe também teve essa diminuição, porque saímos de desemprego aberto de 226 mil para 203 mil. No entanto, o que reflete essa queda não é o aumento do emprego e sim o aumento do emprego informal", disse o economista. Segundo Moura, para garantir a sobrevivência as pessoas estão aceitando qualquer tipo de ocupação e por isso está crescente o emprego informal, sem carteira assinada. "Para viver os trabalhadores aceitam qualquer coisa. Se submetem a não ter carteira assinada, a não ser PJ legalizado.

Então, outras formas de ocupação têm surgido no mercado de trabalho e isso acaba afetando o índice da FGV. Mas, no fundo, o que as pessoas querem é uma ocupação formal", explica Moura. Para piorar, o economista destaca que a economia não está crescendo e nem há previsão para que isso ocorra. Segundo ele, a instabilidade política do país dificulta ainda mais qualquer possibilidade de recuperação econômica do país. "Quando tiver a retomada, as pessoas não acompanharão, porque estarão fora do mercado de trabalho. Elas simplesmente estarão fora e isso, de fato, pode excluir milhões de brasileiros, colocando-os numa situação de subemprego. De alguma forma, se o estado quiser recuperar essas pessoas, vai ter que fazer um programa muito sério de requalificação profissional para inserir esses trabalhadores", avalia o economista.

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