Conforme o boletim de ocorrĂȘncia da PolĂcia Militar, a vĂtima contou que passava pelo bairro Boa Esperança, na noite da Ășltima sexta-feira (3), quando o suspeito pediu que ela passasse o aparelho telefônico.
Em seguida, ele fugiu, mas foi localizado por militares.
"Eu era o promotor plantonista, chegou na manhã de sĂĄbado e encaminhei para a juĂza o pedido de liberação dele. Geralmente, o pedido de prisão é com argumentos genéricos: a sociedade estĂĄ em risco, a gravidade do crime. Mas a Constituição não admite antecipação de pena. Para ter culpa formada é preciso ter um processo para ter defesa", explicou o promotor em conversa com o g1 Minas nesta quarta-feira (8).
Segundo ele, o jovem confessou do crime, o telefone foi devolvido e o rapaz é réu primĂĄrio.
Sendo assim, outras medidas cautelares foram impostas: proibição de contato e aproximação da vĂtima, monitoramento eletrônico e comparecimento à Justiça uma vez por mĂȘs.
"A audiĂȘncia de custódia foi realizada no domingo com a minha participação, da juĂza e de uma defensora pĂșblica. Ficou claro que ele apresentava algum transtorno e foi solicitada avaliação psicológica e psiquiatra. Ele disse que ouvia vozes, tinha dificuldade para dormir e de acesso à medicação. Ele não tem linguajar e postura de gente voltada para a prĂĄtica do crime, não era roubo para manutenção de vĂcio com droga", detalhou Santiago.