Marcos contou a reportagem que mora em Belo Horizonte, mas estava de passagem em Paineiras, onde tem uma fazenda de criação de gado.
Na noite de sexta-feira, ele, a namorada e alguns amigos estavam na praça central bebendo e se divertindo, quando, de repente, alguém soltou uma bomba.
Marcos afirmou que logo após o barulho, os policiais militares que estavam próximo ao local alegaram que foi ele quem tinha soltado o artefato e, por isso, deram voz de prisão.
"Não foi eu. E quando fui saber porque estavam me prendendo, eles já me jogaram por cima da minha namorada, me derrubaram e começaram a me dar muitos socos, inclusive, quando eu já estava imobilizado. Eles me machucaram demais, a ponto de me desmaiar. Estava desmaiado e apanhando, iam me matar. Minha namorada entrou pra tentar me ajudar e ainda deram um soco no rosto dela", relatou.
Depois disso, Marcos lembra que se levantou, mesmo com dificuldades, quando ele e a namorada foram levados para a viatura.
"Dentro da viatura eles me deram mais uns tapas e fecharam a posta na minha perna. Depois, nós fomos para o hospital fazer corpo de delito e em seguida, me levaram para Bom Despacho, na delegacia da Polícia Civil. Eu fiquei algemado o tempo todo. Estava atrás da viatura, sangrado. Eu poderia ter tido uma fratura e ter morrido lá atrás e nem iam perceber. Bateram muito na minha cabeça", contou.
Na delegacia, Marcos afirmou que ficou algemado na cela até a chegada do advogado, momento em que foi liberado pelos policiais.
"Deveriam estar protegendo a população. Agora estou com dor em todo corpo e meu rosto está destruído. Como se não bastasse, minha namorada também está com hematomas", finalizou.