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Vice-prefeito é acusado de cometer estupro em Condomínio

Por Daniel Alves em 04/12/2023 às 13:33:55

Vice-prefeito de Mariana, Cristiano Vilas Boas (PT)

O político Cristiano Vilas Boas foi liberado após prestar depoimento; Polícia Civil argumenta que não havia provas para justificar prisão em flagrante.

O vice-prefeito de Mariana, Cristiano Vilas Boas (PT), é acusado por uma mulher de ter cometido estupro contra ela, durante uma festa de aniversário realizada dentro de um condomínio fechado em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada de sábado (2) para domingo (3).

O depoimento da vítima foi registrado em um boletim de ocorrência da 1ª Delegacia de Polícia Civil, em Nova Lima. De acordo com o documento, ela afirma que conheceu o suspeito no evento – para onde foi acompanhando um casal de amigos – e chegou a beijá-lo, mas o deixou para aproveitar a comemoração. Depois, sob o efeito de álcool e drogas, ela dormiu no sofá da casa. A mulher teria sido acordada por Cristiano, que a levou para um quarto, alegando que lá ela estaria mais confortável.

A denunciante afirma, também segundo o boletim de ocorrência, que se lembra de ter sido deixada sozinha no cômodo, e que acordou no dia seguinte sem calcinha, enquanto o homem acariciava as partes íntimas dela. Assustada, a mulher questionou o que estava acontecendo, quando Cristiano teria respondido que havia "química" entre os dois e que ela teria consentido com o ato.

O relato contido no boletim ainda indica que, ao perceber o desconforto da mulher, Cristiano teria oferecido a ela um copo de água, deixando o local em seguida. A vítima também saiu da casa, procurou atendimento hospitalar e foi medicada antes de procurar a polícia.

Já o acusado foi localizado horas depois, prestou depoimento e foi liberado. A Polícia Civil informou que ele foi ouvido e liberado por falta de elementos que fundamentassem a prisão em flagrante.

A Prefeitura de Mariana foi procurada, mas ainda não respondeu ao contato da reportagem.

O vice-prefeito, em resposta ao contato da reportagem, encaminhou "o despacho da delegada que acompanhou o caso demonstrando que não houve prisão como foi falsamente divulgado, por não terem sido apresentadas provas e nem testemunhas que corroborassem a acusação. Nem mesmo as testemunhas convidadas pela pessoa que me acusa confirmaram a versão dada por ela" – documento também publicado por ele nas redes sociais (a seguir).

Já a defesa técnica de Cristiano Vilas Boas, por meio do escritório Dolabela Advogados Associados, afirma que quatro testemunhas – duas indicada pela parte acusada e duas pela acusadora – foram ouvidas na delegacia e "negaram veementemente a ocorrência" dos fatos descritos no boletim de ocorrência. O comunicado ainda acrescenta que "todos os depoimentos foram uníssonos no sentido de afastar, absolutamente, a ocorrência do abuso" (íntegra a seguir).

Nota do escritório Dolabela Advogados Associados

A defesa de Cristiano Vilas Boas, advogado, Vice-Prefeito de Mariana, vem a público para esclarecer que os fatos que vem sendo veiculados pela imprensa envolvendo uma festa de aniversário realizada em Nova Lima neste último final de semana são inverídicos e que a inverossimilhança de tais ilações fora constatada pela Delegada de Polícia Civil responsável pelo procedimento de investigação inicial. Durante o procedimento realizado ontem na sede da Polícia Civil de Nova Lima/MG foram ouvidas quatro testemunhas, sendo que, dessas quatro testemunhas, duas delas foram indicadas pela própria pessoa que o acusou. Todas as testemunhas negaram veementemente a ocorrência daqueles fatos, e todos os depoimentos foram uníssonos no sentido de afastar, absolutamente, a ocorrência do abuso. Após constatar inúmeras contradições e incoerências no depoimento isolado da acusadora, a Delegada de Polícia providenciou pela imediata liberação de Cristiano, tudo a reforçar a absoluta falta de credibilidade da leviana imputação. A defesa de Cristiano, portanto, ressalta a sua inocência, e esclarece que permanecerá a empreender os esforços necessários para contestar ilações irresponsáveis e para esclarecer a verdade dos fatos.

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