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CHINA EM QUEDA, Após Evergrande, construtora chinesa Sinic alerta sobre risco de calote

Por Daniel Alves em 12/10/2021 às 16:29:29

A IMENSA BOLHA CHINESA

Empresa informou que espera não conseguir pagar um título de US$ 250 milhões com vencimento em 18 de outubro, o que pode gerar inadimplência.

O Sinic Holdings Group tornou-se a mais recente empresa imobiliária chinesa a alertar para um calote iminente, já que o aumento do risco de contágio deixa os investidores adivinhando quem mais pode enfrentar uma crise de crédito.


A construtora listada na Bolsa de Xangai disse em um comunicado à Bolsa de Hong Kong que espera não conseguir pagar um título de US$ 250 milhões com vencimento em 18 de outubro, o que pode gerar inadimplência cruzada em suas outras duas notas.

A empresa tem US$ 694 milhões em títulos em circulação, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. A companhia deixou de fazer os pagamentos domésticos em setembro, provocando uma queda de 87% nas ações.

Os problemas de Sinic são outro sinal dos riscos ocultos para os investidores no mercado de dívida imobiliária da China, já que a incerteza sobre o futuro da gigante imobiliária chinesa Evergrande Group, pesa sobre o setor.

A Evergrande, que está à beira da falência, tem uma dívida acumulada de mais de US$ 300 bilhões e recentemente fez um pequeno acordo com um credor local para evitar o calote dos juros de um título.

A liquidação da Sinic se acelerou desde a inadimplência surpresa da Fantasia Holdings Group Co. na semana passada, gerando preocupações sobre seus concorrentes em dificuldades.

Os custos de empréstimos para dívidas com classificação de risco em dólar chinês, que são dominadas por imobiliárias, atingiram seu nível mais alto em cerca de uma década, com rendimentos de 17,5%, de acordo com um índice da Bloomberg.

Isso gerou riscos de refinanciamento para o setor, à medida que o acesso a uma fonte importante de financiamento se esgota, ameaçando uma onda de inadimplência se não houver sinais de que as autoridades estejam abrandando a repressão ao setor.

Nesse ínterim, as firmas imobiliárias estão lutando para evitar o inadimplemento total de suas obrigações futuras. A Modern Land (China) Co., uma incorporadora sediada em Pequim com US$ 1,35 bilhão de títulos em circulação, está pedindo aos detentores uma prorrogação de três meses para quitar uma nota com vencimento em 25 de outubro.

A Xinyuan Real Estate Co., que tem US$ 760 milhões de títulos, está propondo o que a Fitch Ratings considera uma troca de dívida problemática envolvendo uma nota de dólar com vencimento na sexta-feira.

Os pagamentos perdidos de empresas imobiliárias representaram 36% dos 175 bilhões de yuan (US$ 27,1 bilhões) em inadimplência de títulos corporativos domésticos neste ano, segundo dados compilados pela Bloomberg.


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