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Diretor de escola é investigado por beijar rosto de aluna e prometer aumentar as notas dela como 'recompensa'

Por Daniel Alves em 09/12/2023 às 07:41:56

Segundo a polícia, crimes eram praticados dentro do colégio. Por isso, o diretor foi proibido de se aproximar da aluna ou frequentar o colégio, por 30 dias.

O diretor de um colégio particular de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, está sendo investigado pela Polícia Civil por assediar e importunar sexualmente uma estudante de 15 anos. Segundo as investigações, ele dava beijos na mão e no rosto da adolescente sem o consentimento dela e prometia recompensas, como o aumento de notas.

O nome do diretor não foi divulgado pela autoridade policial e, por esse motivo, a reportagem não localizou a defesa dele para se manifestar sobre o caso. Em depoimento, ele negou os crimes e disse que tem uma "forma carinhosa de cumprimentar as pessoas", conforme a polícia.

O homem tem 52 anos e, segundo as investigações, usava o cargo de diretor do colégio para importunar sexualmente a estudante, que é menor de idade. Ele beijava as mãos e o rosto dela sem permissão, dentro da própria instituição de ensino.

A vítima relatou aos policiais que o homem também a constrangia, pedindo favores sexuais, em troca de aumento de notas. Por mensagens de texto, oferecia para a menina "aulas particulares" e a ligava, sempre perguntando se estava sozinha.

Cansada da situação, a adolescente decidiu relatar o caso aos pais, que procuraram a delegacia junto com ela para fazer a denúncia.

Na quinta-feira (7), a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão e proibiu o diretor de se aproximar da aluna ou frequentar o colégio, por 30 dias. Caso ele descumpra essas medidas, poderá ser preso de forma preventiva.

O caso está em fase de conclusão e o diretor deverá ser indiciado pelos crimes de importunação sexual e assédio sexual, com o agravante de ter praticado contra uma vítima menor de idade.

Outras vítimas

Por enquanto, somente uma estudante procurou a delegacia para denunciar os abusos contra o diretor. Mas o delegado Miguel Mota, responsável pela investigação, contou a reportagem, que existem indícios de que o suspeito praticava os mesmos abusos com outras estudantes há muitos anos.

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