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Justiça determina que Flordelis seja monitorada por tornozeleira eletrônica

Por Daniel Alves em 18/09/2020 às 17:05:23

Mandou assassinar o marido e foi chorar em cima do caixão

A decisão judicial exige ainda que a deputada federal cumpra recolhimento domiciliar das 23h às 6h

O Tribunal de Justiça (TJRJ) determinou que a deputada federal Flordelis seja monitorada por tornozeleira eletrônica e que cumpra recolhimento domiciliar noturno, das 23h às 6h. As medidas cautelares foram solicitadas pelo Ministério Público (MPRJ) e decididas pelo juiz Nearis dos Santos Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói, na tarde desta sexta-feira.

No final de agosto, a parlamentar foi indiciada como mandante do assassinato do marido, pastor Anderson do Carmo, que aconteceu na garagem da casa da família, em Niterói, na Região Metropolitana, em junho de 2019.

A decisão pelo monitoramento eletrônico aconteceu, segundo a decisão judicial, devido à dificuldade de localização de Flordelis, tanto para a citação no processo, quanto para sua notificação pela Câmara dos Deputados, além da intimidação à uma testemunha após terem jogado um explosivo no quintal dela.

"Foram trazidas aos autos notícias de fatos novos e graves pelo presentante do Parquet, mormente o atentado com artefato explosivo ocorrido na residência da testemunha", afirma o documento.

Na ocasião, a testemunha afirmou acreditar que "a bomba foi jogada em seu quintal para intimidar a depoente" e também para "passar um recado para Lucas, para que ele calasse a boca e não mais relatasse a verdade".

Filho afetivo de Flordelis, Lucas Cezar dos Santos de Souza está preso desde junho do ano passado, suspeito de ter participação na morte do pastor Anderson do Carmo.

O juiz oficiou à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) solicitando urgência na instalação do aparelho de monitoração. Arce esclareceu ainda que o recolhimento domiciliar pode ser extrapolado, excepcionalmente, durante "atos relacionados ao exercício do mandato parlamentar e das funções legislativas".
Procurado, o advogado da deputada, Maurício Mayr, disse que irá recorrer da decisão.

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